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Qual é seu nome? Entrevistas no processo de aprendizagem escolar

Você já pensou em trabalhar com entrevistas na aula? Elas podem abrir caminhos diversos para pensar os temas que estão sendo abordados no momento e as intencionalidades dos processos de aprendizagem! 

Existem algumas possibilidades para mediação com essa fonte, vamos entende-las aqui (e, claro, muitas outras são possíveis, fique a vontade para comentar).

  • Estudantes montado o processo da entrevista: 

Após trabalhar o tema da aula, converse com os alunos para a realização da entrevista. De forma coletiva, pensem as perguntas que eles farão para seus entrevistados (e quem serão as pessoas que podem entrevistar). 

Indique um meio norteador de como a entrevista deve acontecer: com gravador, vídeo ou anotações em folha.

Trabalhar em sala os resultados das entrevistas.

  • Entrevistas prontas:

Escolha uma entrevista disponível sobre o tema e aborde com seus alunos.

A entrevista pode ser em formato de vídeo ou texto.

Você pode trazer sobre as intencionalidades que envolveram o momento dessa entrevista. 

  • Formulário:

Realizar formulários usando plataformas online ou até mesmo caixas na escola para preenchimento, fazendo uma tabulação acerca de um tema.

  • Trazer uma pessoa na sala para ser entrevistada:

Você pode encontrar alguém que pode auxiliar com o tema abordado, essa pessoa responderia a curiosidade dos alunos em relação ao que aprenderam na aula.

A entrevista traz a chance para o professor debater as intencionalidades que a envolvem. Essas, vão desde a escolha das perguntas até o momento final de análise que pode ser feito com mediação do professor. 

A maneira como alguém responde sobre determinado tema, por exemplo, está intrinsecamente ligado com o lugar, o modo, as condições em que ela está. A entrevista é dotada da experiência dos sujeitos envolvidos em seu processo.

Entender os caminhos do diálogo construído, com claras intenções por uma das partes é se envolver em um meandro de novas ideias. Afinal, uma atividade que pode parecer simples, é capaz de promover longos trajetos.

Os estudantes ainda devem ficar cientes (caso seja essa sua escolha) que, durante a conversa, eles podem realizar mais questionamentos, uma vez que esse processo é valioso e muito pode ser aprendido com ele. O começo da entrevista “qual é o seu nome?” é o início de uma troca que, sendo longa ou curta, promove o olhar analítico que vai desde o tempo,perguntas, as respostas, a postura, etc.

Após realizarem o processo da entrevista, os alunos podem ainda explicar o que entenderam do tema para o entrevistado. Haja vista que nos dias atuais as relações sociais estão ainda mais precárias, trabalhos  assim exercitam esse talento.

Junto a isso, os estudantes farão uma ponte entre escola e comunidade, sendo que na sequência refletirão e problematizarão a subjetividade presente em cada resposta, sempre com mediação. 

Nós professores conseguimos avaliar o desempenho dos estudantes em desenvolvimento interpretativo, associação com o conteúdo, relação social, compreensão do tema abordado em sala e, principalmente, autoavaliação se as aulas fizeram ou não sentido para os alunos.

Mais dicas, inquietações e problematizações de uma professora também perdida aparecerão por aqui! Espero você.


COUTINHO, Eduardo. O cinema documentário e a escuta sensível da alteridade. Projeto História, São Paulo, n. 15, p. 165-191, abril de 1997.

PORTELLI, Alessandro. Forma e significado na História Oral. A pesquisa como um experimento em igualdade. Projeto História, São Paulo, n. 14, p. 07-23, fev. 1997.



Publicado dia 05 de novembro de 2024

Por Daniela Melo Rodrigues


 
 
 

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